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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Redes sociais: o fim da página em branco e do silêncio?



Rozália Del Gáudio

É comum todo escritor sentir um certo calafrio diante de uma página (ou tela) em branco. Por onde começar? Como estruturar as idéias? Como achar o ponto certo entre a descrição dos detalhes e o encadeamento da narrativa?


Eu me vi um pouco nesta situação, ao pensar sobre o que escrever este mês aqui no site da Aberje. Resolvi pesquisar o que nossos colegas andavam publicando, o que havia de comentários no meu primeiro texto e, navegando entre uma página e outra, fiquei pensando no poder da tecnologia por trás da internet, que permite conectar pessoas, idéias e expressões. No poder das palavras que, uma vez na rede, podem ser comentadas, criticadas, complementadas, endossadas tanto por pessoas do nosso círculo de relacionamento quanto por completos desconhecidos.

Comecei a imaginar qual seria a reação de Gutemberg se soubesse, ao inventar a prensa gráfica no século XV, que difundir idéias, conhecimento ou simplesmente curiosidades no século XXI estaria ao alcance de qualquer cidadão com acesso ao computador. Do século XV vim para o início do século XX e pensei naqueles gestores que costumavam dizer “nada a declarar” diante de perguntas incômodas. E, bingo!, achei o tema de minha coluna.

É inegável a transformação trazida pela internet para a difusão das informações. E também, a velocidade com que as pessoas se habituam ao uso das redes sociais na chamada Web 2.0. Flávio Paes, diretor da agência Nuova, mostrou-me há poucos dias uma estatística interessante: enquanto o rádio levou 38 anos para alcancar 50 milhões de usuários, o site de relacionamento Facebook precisou de apenas nove meses para ter 100 milhões de pessoas cadastradas.

Toda essa velocidade e troca de informações têm transformado a sociedade e as formas tradicionais de relacionamento – tanto entre pessoas quanto entre pessoas e empresas. Isso é fato, e sem juízo de valor.

Para as empresas e, especialmente para as suas estratégias de comunicação, as redes sociais se configuram como um grande desafio. A publicidade já não é mais o único meio de se falar de produtos ou trabalhar a imagem institucional. Uma informação tem chances de se tornar pública em pouquíssimo tempo. E os empregados têm à sua disposicao vários canais de expressão individual ou coletiva que extrapolam os muros da organização.

Transformar esse desafio em oportunidades de geração de relacionamentos e de construção de marca é, na minha opinião, uma grande revolução para a comunicação empresarial. E na sua?




CONTEÚDO EXTRAIDO NA ÍNTEGRA DO ACERVO DE COLUNAS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

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